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QUEM SOMOS







O Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.

Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintorNelsonDias, https://www.facebook.com/pages/Nelson-Dias/79280420846?ref=hl cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.


Direcção e coordenação: Maria João Franco.
https://www.facebook.com/mariajoaofranco.obra
contactos:
franco.mariajoao@gmail.com
+351 919276762


Thursday, September 13, 2007

Nelson Dias/ Viagem

Viagem



Excertos de textos criticos à obra de Nelson Dias

“A pintura de Nelson Dias vem de longe, pelos caminhos de uma grande capacidade de representação, e um domínio técnico da sugestão”
“É uma pintura de síntese, síntese emotiva.
É daquela pintura perante a qual faltam as palavras e crescem as emoções”

Porfírio Alves Pires
in Diário de Lisboa - 1989
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. “Em Nelson Dias existe uma força em ebulição, para além da simples habilidade de contornos e cores, é como se nos encontrássemos perante criações de um ser subconsciente, infinitamente mais receptivo que o cérebro, que uma golfada de calor e luz, de vida, de pulso.”
“Com sentido de beleza e, decerto, com o isolamento desesperado do homem actual, o pintor confere ás suas obras direcções de movimento e válvulas de contacto para as situações de anti convenção.”
“O trabalho de Nelson Dias é uma pura obra de sonho, um espaço universal interior. Podemos ver o seu mundo à nossa volta. As fórmulas de encantamento estão lá dentro a voar num espaço obscuro.”

Margarida Botelho
in “80 Artistas em Portugal”
1991
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“Há uma evidente força anamorfótica que atravessa a pintura de Nelson Dias.
Já não é a regularidade do orgânico mas as distorções e a projecção das formas para fora de si mesmas que de modo turbilhonar se destacam do plano e se desentranham animadas por uma espécie de “proteinomorfismo” interno.

As formas mesmo disformes continuam a ser o lugar primitivo do sensível e a representar a sensibilidade da matéria, ou até mesmo o desregramento do sensível.
A matéria acabou por se deixar plasmar indo até aos limites de uma forma que já não é reconhecida, mas da qual ainda avultam vestígios de uma inscrição corporal movida pela animalidade.”

Emídio Rosa Oliveira
in “Revista Artes Plásticas” - 1991
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“A pintura de Nelson Dias escapa ao trabalho epigonal, sendo antes a eleição de um processo (ou de uma forma de figuração). As “coisas” pintadas – torsos, troncos, carne? – obrigam a esta constante interrogação e instauram um jogo de “estranheza”, que mostram que aquela pintura foi profundamente “interiorizada” e que não tem decifração”

Isabel Carlos
in “Expresso” 1990
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breve
viagem
pela obra
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Nelson Dias
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anos 60
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breve viagem
pela obra Nelson Dias

anos 80




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Movimento Arte Contemporânea





a inaugurar a 16 de Outubro de 2007pelas 19 horas e a visitar até 16 de Novembro de 2007.


Av. Álvares Cabral 58-60 Lisboa










Vai decorrer no MAC-Movimento Arte Contemporânea, no dia 16 de Outubro pelas 19 horas, em Lisboa no espaço MAC da Av. Álvares Cabral, 58-60, a primeira retrospectiva de Nelson Dias, pintor cujo desaparecimento em 1993, deixou um grande espaço por descobrir no panorama da Pintura Portuguesa. Nelson Dias fazia parte integrante do corpo docente da Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Foi ainda o autor da Banda Desenhada,"Wanya, Escala em Orongo", com texto de Augusto Mota e que mereceu as melhores referências da crítica especializada.
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Para os apreciadores de Pintura a um nível superior, é uma exposição a divulgar e para meditar sobre os verdadeiros valores da estética contemporânea, tendo a obra de Nelson Dias sido um dos marcos mais importantes na História da Arte Portuguesa do sec. XX.

S/ título//grafite s/papel //56.76

s/título//grafite s/papel_56-76_1983


anos 90

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col.particular

Falar da pintura de Nelson Dias é tarefa difícil e apaixonante.
Pintor de formação sériamente académica e digo seriamente porque não é fácil assumi- lo em dias que correm ,em épocas em que o fazer não evoca de todo o conhecimento, a capacidade e talento de quem o faz.
Na sua multifacetada capacidade como artista e pedagogo, Nelson Dias conquistou sem esforço, nem disfarce, a apreciação de fruidores e alunos.
A imensa e global tendência de interesses fez deste Artista uma dos maiores criativos portugueses do sec. XX.
Como tal, e numa aventura marcadamente portuguesa, foi sempre contestado pelos “menores”, aqueles que sentem os seus efémeros pedestais constantemente ameaçados.
É, por tudo isto que o MAC-Movimento Arte Contemporânea tem o orgulho maior em apresentar esta retrospectiva possível de parte da obra de Nelson Dias que merece de todos nós, de todas as áreas de actividade o maior respeito e esperamos, com toda a determinação e orgulho, ter levantado a ponta do véu que cobre esta obra de tanta ingratidão e silêncio.
Nelson Dias deixou com o seu prematuro desaparecimento uma obra digna de ser reapreciada por quem de direito, por críticos e historiadores avisados e à sua altura e capacidade.
Desde colegas da ESBAP, como aluno, até colegas da ESBAL, como professor, a ameaça da inveja mais indigna, rodeou este homem, que deveria ter sido louvado em vida por todos os que com ele conviveram.

Maria João Franco

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