quem somos

QUEM SOMOS







O Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.

Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintorNelsonDias, https://www.facebook.com/pages/Nelson-Dias/79280420846?ref=hl cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.


Direcção e coordenação: Maria João Franco.
https://www.facebook.com/mariajoaofranco.obra
contactos:
franco.mariajoao@gmail.com
+351 919276762


Friday, April 11, 2008

VOLTE FACE_Medalha Contemporânea::Um projecto dinâmico e criativo


VOLTE FACE

medalha contemporânea


convite






:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::texto do catálogo

Já muito escrevemos sobre o Volte Face. Sobre objectivos, actividades, prémios.
A cada catálogo, frisamos o quanto somos inovadores, empreendedores, vencedores. Estamos de facto, imodestamente, convencidos de que somos bons profissionais na área que trabalhamos e promovemos, pela camisola que vestimos: o Volte Face.
Tudo isto é já do conhecimento – e reconhecimento – de todos quantos têm privado connosco e acompanhado o nosso trabalho com maior ou menor interesse.
Hoje, quando se comemoram os 10 anos do Volte Face – Medalha Contemporânea, importa contar a história por detrás deste projecto sui generis, que envolve o trabalho de professores, alunos e ex-alunos da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

A turma de 97/98 era exigente. Determinados, empenhados, curiosos e criativos, pediam mais do que confinar-se a 80mm de diâmetro.
O que fazer com eles? Como fazer? A minha experiência como medalhista, aliada à responsabilidade das minhas recentes funções na docência da Tecnologia de Medalhística, faziam com que sonhasse um lugar melhor para a medalha contemporânea portuguesa, um lugar melhor para os jovens escultores, medalhistas, que eu tinha a responsabilidade de formar e lançar no mercado.
A cada estímulo meu, eles ultrapassavam-me em intenções e desafiavam-me com novas propostas que, na sua imaterialidade, me mostravam a forma concreta de perceber a matéria de que eram feitos os seus ideais.
Era de facto um privilégio ter a possibilidade de estar na posição de primeiro ouvinte deste “projecto de sonhos”. Privilégio tanto maior quanto ele foi feito na cumplicidade de um pequeno grupo, numa pequena sala, em “pequenos” registos.
Os primeiros não sabiam bem ao que iam, mas foram e acabaram por tornar-se os pioneiros de um curioso projecto: o Volte Face – Medalha Contemporânea.
Não pioneiros de um estilo, não existe um estilo “Volte Face”, muito embora um certo fio condutor que atravessa o arrojo, a audácia, a liberdade de tratar ironicamente ou até de rejeitar as características, tradicionalmente, tidas como intrínsecas à medalha. Não pioneiros de um estilo, mas pioneiros de um espírito.
Havia dias em que pareciam não fazer outra coisa: organizavam ideias, materializavam projectos, concorriam, expunham. Queriam mostrar e ver reconhecido o empenho. E viram.
Ganharam prémios, encomendas públicas, concursos, exposições, congressos internacionais.
A Tecnologia de Medalhística passou então a funcionar como uma máquina cuja principal engrenagem era o trabalho colectivo desenvolvido por aqueles alunos, que desafiavam amigos e colegas a inscreverem-se na cadeira, a participarem nas exposições, a sonharem o sonho deles. E eram só uns miúdos.
E depois vieram tantos outros, aqui representados, que continuaram o sonho.
A liberdade reivindicada por estes jovens artistas é o alicerce sobre o qual tem crescido o projecto Volte Face. Começámos como Projecto, já fomos Centro de Investigação e hoje, unindo esforços, integramos o Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes. Mas é no trabalho que dia após dia tem sido desenvolvido por estes alunos que encontro a estruturação fundamental para a apreensão e permanência do espírito do grupo: mais do que qualquer pretensão de inovação, o Volte Face cresceu pela partilha e discussão de ideias, pelo desafio do concurso, pelo “friozinho na barriga” na espera pelo resultado. Mais do que a vitória de A, B ou C, o prémio é Volte Face.
Parceiros de manhã, adversários à tarde. Assim é o trabalho no Volte Face em altura de competições. Habitualmente as divergências, desilusões e adversidades, acabam por se extinguir na alegria que é o reconhecimento de algum de nós. Outras vezes não. Somos artistas.
Criámos uma rotina de trabalho praticamente inabalável. Já fazemos isto há 10 anos, já fizemos dezenas de medalhas e sei que poderá parecer-vos monótono, mas dia após dia dou-me conta que o fazemos sempre com o mesmo prazer, com o mesmo fim - promover a medalha portuguesa.
Ainda assim, há dias difíceis no Volte Face. O trabalho acumula-se, há a organização geral da secção, há a divulgação, os pedidos de colaboração, as exposições, os concursos, os prazos sempre no limite, a medalha sempre em “cima do joelho”. Porém, todo este trabalho tem ultrapassado a noção de “obrigação”, contando com a ajuda de colaboradores diversos.
A compensação chega sempre com o reconhecimento público, nacional e internacional. Com o reconhecimento daqueles que trabalham nesta área, num caminho de criação e comunicação artísticas.
Indubitavelmente, afirmo que nos últimos 10 anos, num campo em que as possibilidades criativas sofrem, frequentemente, de condicionalismos formais, materiais, tecnológicos ou de encomenda, o Volte Face criou uma das mais importantes experiências da Medalhística Contemporânea, valorizando e reactualizando soluções, no trabalho diário de promover a medalha enquanto objecto artístico.
Há 10 anos apostámos que conseguiríamos um lugar melhor para a medalha. Hoje, congratulo todos aqueles que contribuíram para tornar este sonho realidade. A nossa aposta foi ganha.
A medalha é. E é cada vez mais uma obra-de-arte.

João Duarte
(Escultor, Professor Associado, Coordenador do Volte Face – Medalha Contemporânea)
nota : a imagem acima consta ddo site VOLTE FACE e é da autoria do Prf. Esc. João Duarte
M.J. Franco, em 11 de Abril de 2008_notícia

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