quem somos

QUEM SOMOS







O Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.

Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintorNelsonDias, https://www.facebook.com/pages/Nelson-Dias/79280420846?ref=hl cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.


Direcção e coordenação: Maria João Franco.
https://www.facebook.com/mariajoaofranco.obra
contactos:
franco.mariajoao@gmail.com
+351 919276762


Monday, September 27, 2010

Feira do Artista




Wednesday, September 15, 2010

Luisa Nogueira na Arc16 Galeria



luisa nogueira
inaugura a 18 de Setembro, pelas 18 horas
na Arc16 Galeria
galeria.arc16@gmail.com



largo da estação, 3
Faro






Luísa Nogueira é Licenciada em Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e em Design de Interiores pelo IADE. Diplomada em Gravura pela Academie Royale des Beaux Arts, Bruxelas.
De 1974/76 e 1979/80 foi Bolseira da Secretaria de Estado da Cultura, para estagiar em Bruxelas, onde frequenta os cursos de Cerâmica (Ecole d'Art d'Ixelles) e Gravura (Academie Royale des Beaux Arts), sob a orientação dos professores Claude Lyr, Emile Maens, Francis Brichet, Swyngedau e Jorge Meurant.
Vive e trabalha em Lisboa

http://www.luisanogueira.blogspot.com/


Curriculum
Luísa Nogueira :

Exposições Individuais
2006
MAC- Movimento Arte Contemporânea, (Lisboa, Portugal)
2005
Sala Damião de Góis, Embaixada de Portugal (Bruxelas, Bélgica)
2004
Centro Cultural da Câmara Municipal de Velas (S. Jorge – Açores)
MAC- Movimento Arte Contemporânea, (Lisboa, Portugal)
2002
MAC- Movimento Arte Contemporânea, (Lisboa, Portugal)
2001
Maison Communale de Silly
2000
MAC- Movimento Arte Contemporânea, (Lisboa, Portugal)
1999
Sala Damião de Góis, Embaixada de Portugal (Bruxelas, Bélgica)
1998
Pátio Alfacinha, “Pintura”, (Lisboa, Portugal)
1997
MAC- Movimento Arte Contemporânea, “Grupumus”, (Lisboa, Portugal)
1996
Centro Cultural de Bruxelas - Espace St. Nicolas (Bruxelas, Bélgica)
Espace Senghor (Bruxelas)
1995
Associação de Estudos e Defesa do Património Histórico-Cultural (Silves, Portugal)
1994
Sala Damião de Góis, Embaixada de Portugal (Bruxelas)
Galeria Igrego (Lisboa, Portugal)
1992
Museu da Água (Lisboa, Portugal)
Casa Museu Nogueira da Silva (Braga, Portugal)
1991
Galeria Soctip, Casino de Vilamoura (Vilamoura, Portugal)
1990
Galeria Ygrego (Lisboa, Portugal)
1988
Cooperativa de Gravadores Portugueses (Lisboa, Portugal)
1985
Galerie La Forge (Bruxelas, Bélgica)
1984
Galeria Ocarina (Lisboa, Portugal)
Museu de Angra do Heroísmo ( Angra do Heroísmo, Portugal)
Galerie La Forge (Bruxelas, Bélgica)
1982
Galerie La Forge (Bruxelas, Bélgica)
1981
Galerie La Forge (Bruxelas, Bélgica)
1977
Galerie Saint Michielis (Gent, Bélgica)
1976
Galerie 34 (Bruxelas, Bélgica)

Exposições Colectivas
Galeria S.Mamede (Lisboa, 1974); Galeria Diedro (Leiria, 1974); Mettiers d'Art de Ia Provence du
Brabant (Bruxelas, 1975); Grupo de Artistas "Euro-Árabe" Beffroid (Namur – Bélgica, 1976); Chateau
Malou, "Expotion Safari" (Bélgica, 1976); Galerie L'Oeil Sauvage (Bruxelas, 1976); Galeria Freie
Berliner Kunstausstelung (Berlim, 1976); Exposição Nacional de Gravura - Fundação Calouste
Gulbenkian ( Lisboa, 1977); Museu Soares dos Reis (Centro de Arte Contemporânea – Porto, 1977);
Programa da Cultura Portuguesa (Madrid, 1977); Arte Portuguesa Contemporânea (Belgrado e
Atenas, 1977); Exposição Nacional de Gravura (Funchal, 1978) integrada na Exposição Gravura
Portuguesa Contemporânea (Rio de Janeiro, Brasília, Pará, Recife e Belo Horizonte); Representação
Portuguesa na VI Bienal Internacional de Artes Gráficas de Florença (Itália, 1978); Societé General
de Banque (Louvain, Bélgica, 1979); II Exposição Nacional de Gravura, Fundação Calouste
Gulbenkian (Lisboa, 1979); "Galerie Alfican" (Bruxelas, 1980); "Graveurs de Bruxelles" Mettiers d'Art
du Brabant (Bruxelas, 1980); "Art Infarct" Lathem Saint-Martin (Bélgica, 1980); Anos de Gravura,
Academie Royale des Beaux-Arts de Bruxelles, Hotel de Ville (Bruxelas, 1980); Salão de Gravura,
Galeria de Arte do Casino do Estoril (Estoril, 1980); III Exposição Nacional de Gravura, Fundação
Calouste Gulbenkian (Lisboa, 1981); Salon d'Eté, Galerie La Forge (Bruxelas, 1981); Congresso
Português de Cardiologia, Exposição de Gravura (Lisboa, 1981); Papel como Suporte e Perspectivas
Actuais de Arte Portuguesa, Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa, 1983); I Exposição de Arte,
Banco de Fomento Nacional (Lisboa, 1983); Pequeno Formato, Cooperativa Árvore (Porto, 1984);
Mostra de Lagos (Lagos, 1984); Bienal de Baden-Baden (Alemanha, 1984); Exposição de Artes
Plásticas do Clube Naval de Lisboa (Lisboa, 1984); Bienal de Vila Nova de Cerveira (Vila Nova de
Cerveira, 1984); Exposição de Gravura, Museu de Setúbal (Setúbal, 1985); Galeria Palma (Lisboa,
1895); Homenagem a Almada Negreiros, Secretaria de Estado da Cultura (Lisboa, 1985); Bienal de
Vila Nova de Cerveira (Vila Nova de Cerveira, 1986); Exposição de Gravura, Junta de Turismo
(Estoril, 1986); Greenhill Gallery (Lagos, 1986); IV Bienal de Gravura, Fundação Calouste Gulbenkian
(Lisboa, 1987); Salão de Verão, Colectiva de Gravura e Pequeno Formato, Galeria de Arte Casino do
Estoril (Estoril, 1989); "Rembrandt e Arte Actual Portuguesa", Galeria Ygrego (Lisboa, 1989);
Palimpse(x)tos, Colectiva de Pintura, Galeria Soctip, (Lisboa, 1990); Fantástico na Arte Portuguesa,
Galeria Nártice (Lisboa, 1990); Colectiva de Pintura, Galeria Sintra, (Sintra, 1990); Colectiva de
Gravura, Galeria Viragem (Cascais, 1990); Salão de Outono, Galeria do Casino do Estoril (Estoril,
1990); "A Luz sobre as Telas", Hotel Altis (Lisboa, 1991); Colectiva de Gravura, Galeria Nártice
(Lisboa, 1991); Colectiva de Apoio à Viragem, Galeria de Arte do Casino do Estoril (Estoril, 1991);
Colectiva de Apoio à Viragem, Galeria Liberdade 190 (Lisboa, 1991); Colectiva de Gravura
-"Tendências", Galeria Arcada (Estoril, 1991); "Pequeno Formato", Casino do Estoril (Estoril, 1991);
Colectiva de Gravura, Galeria João Hogan (Lisboa, 1991); Exposição Nacional de Pintura (Coimbra,
1991); "Portugal em Abril", Pavilhão Paz e Amizade (Loures, 1991); "As Filhas de Eva", Galeria
Soctip (Lisboa, 1991); I Bienal de Artes do Concelho do Sabugal, Biblioteca Municipal (Sabugal,
1991); Salão de Outono, Galeria do Casino do Estoril (Estoril, 1991); Artistas em Portugal", Salão
Nobre do Estádio do Sport Lisboa e Benfica (Lisboa, 1991); Artajuda, Galeria de Arte da Casa do
Pessoal da R.T.P. (Lisboa, 1991); "Pequeno Formato", Galeria Viragem (Cascais, 1991); "Pequeno
Formato", Galeria de Arte do Casino do Estoril (Estoril, 1992); Gravadores Portugueses - Alguma
Gravura Actual", B.G. Arte (Viseu, 1992); Feira de Arte de Portimão (Portimão, 1992); Colectiva,
Cooperativa de Gravadores (Lisboa, 1992); Colectiva Pintura, Atelier Victor Barros (Bruxelas, 1993);
Colectiva Pintura, Galeria Arte e Mania (Lisboa, 1993); Exílio de Lugar em Lugar", Galeria Escudeiros
(Beja, 1993); Galeria Botelho Girão (Viseu, 1993); Colectiva Pintura, Galeria St. Joana (Aveiro, 1993);
Exposição de Artesãos Alentejanos (Borba, 1994); "2éme Biennale de Ia Rencontre Bruxellois",
Maison Communale de Laeken (Bruxelas, 1994); "Cinco Anos de Pintura" Colectiva Museu da Água
(Lisboa, 1994); XIII Salão de Outono, Galeria do Casino do Estoril (Estoril, 1994); "Mostra por
Amostra", Sala Damião de Goes, Embaixada de Portugal (Bruxelas, 1994); "Criatividade 95" Câmara
Municipal (Reguengos de Monsaraz, 1995); Salão de Pequeno Formato, Galeria do Casino do Estoril
(Estoril, 1995); Anos de Arte Portuguesa", Sala Damião de Goes, Embaixada de Portugal (Bruxelas,
1998); Aniversário - Galeria Movimento Arte Contemporânea (Lisboa, 1997); Colectiva "Movimento
Arte IV", Mac (Lisboa, 1997); "Olhares sobre o Côa", Câmara Municipal de Vila Nova de Castelo
Rodrigo (Foz do Côa, 1998); Casa Cultural de Castelo Rodrigo (1998); "Os Primeiros de 1998",
Galeria Movimento Arte Contemporãnea (Lisboa, 1998); Aniversário da Galeria Movimento Arte
Contemporânea (Lisboa, 1998); Colectiva, Museu da Água (Lisboa, 1998); MAC - Movimento Arte
Contemporânea (Lisboa, 99-2000); 80º Aniversário sa Sociedade de Estomatologia na Reitoria da
Universidade Clássica de Lisboa ,MAC (Lisboa, 1999); Abertura do ano escolar universitário na
Reitoria da Universidade Clássica de Lisboa ,MAC (Lisboa, 1999); IFADAP Culturgest CGD, MAC
(Lisboa, 1999); Festival Internacional do Imaginário, MAC (Abrantes, 1999); Exposição comemorativa
do Encontro de Intelectuais Portugueses e Cabo-verdianos, MAC (Cabo Verde, 2000); Centro
Cultural de Celorico da Beira/Linhares, MAC (2001); Reitoria do Instituto Politécnico de Lisboa, MAC
(Lisboa, 2002); MAC - Movimento Arte Contemporânea (Lisboa, 99-2004); Centro Cultural e de
Congressos de Angra do Heroísmo / MAC-Movimento Arte Contemporânea (Açores, 2004); MACMovimento
Arte Contemporânea (Lisboa, 2005/2006).

Prémios
2003
“MAC’2003- Carreira”, MAC - Movimento Arte Contemporânea, (Lisboa, Portugal)
2001
“MAC’2001- Pintura”, MAC - Movimento Arte Contemporânea, (Lisboa, Portugal)
1999
“MAC’99-Mérito Pintura”, MAC - Movimento Arte Contemporânea, (Lisboa, Portugal)
1997
“MAC’97-Mérito”, MAC - Movimento Arte Contemporânea, (Lisboa, Portugal)
1992
Menção Honrosa na Port-Arte (Portimão, Portugal)
1991
Prémio de Pintura Pequeno Formato Galeria Viragem (Cascais, Portugal)
Prêmio de Gravura do Museu de Setúbal (Setúbal, Portugal)
1980
Prix du Gouvernement et de Ia Ville de Bruxelles (Bruxelas, Bélgica)
1979
Prémio Edição da II Exposição de Gravura, Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, Portugal)

Representada
Está representada em várias colecções particulares em Portugal e no estrangeiro, assim como em
instituições: Museu Angra do Heroísmo (Açores), Banco de Fomento Nacional (Lisboa), Banco de Portugal
(Lisboa), Assembleia da República (Lisboa).

Editada por
Cooperativa Gravadores Portugueses ( Lisboa)
Galeria S. Bento (Lisboa)

MJF

Saturday, September 11, 2010

Histórias de Outras Dimensões_C.M.Aljustrel/Oficinas de Acção e Formação Cultural




Está a decorrer nas Oficinas de Animação e Formação Cultural de Aljustrel

a exposição de Teresa Mendonça

"Histórias de Outras Dimensões"

até 30 de Setembro de 2010



Quem olha as áreas perdidas dos espaços esquecidos, no, figurar das formas e das cores, nos equilíbrios procurados, nas ondas de luz estruturadas entre limites configurados, na experiência lúdica de encontros furtivos entre complementares que se escoam em pinceladas firmes até atingir o fim de si próprias, encontra a pintura de Teresa Mendonça.

Pintora de memórias estruturadas apela entre atlânticas visualizações paisagísticas e o reticulado urbanos das grandes metrópoles.Em algumas telas encontramo-nos perante o intimismo dos antigos espaços musicados onde as melodias se escoam e ecoam em planos de tons surdos onde uma ou outra estridência nos chama para o mundo onde a luz se encontra, ou encontramo-nos ainda nas sombras de uma casa, onde o fazer é o passar dos dias na nostalgia precisa de uma infância longínqua

Noutras telas, e, num jogo plástico em que a forma é imposta pela incidência da cor, estaríamos perante a pintura de um eventual ”fauve”, ou, ainda de um suposto “orfista”.Não há um cinetismo na presença da cor. Há, sim, uma procura de equilíbrio dinâmico e estruturado através de formas intercincundantes, até que o “movimento” se pára por si, em vectores propostos entre a tela e o espectador.Não há distanciamento na forma, não há distanciamento na cor. Nem “crises de repetitividade”.

O ”ser total” surge do afecto inter cromático que se nos impõe como objecto procurado na sua intencionalidade de fazer parte do nosso universo de prazeres visuais, que encontraríamos fortuitamente num campo aberto de papoilas ou num mar suposto de Iemanjá.

Estamos, assim, perante uma pintura que advém de um contacto permanente, afectivo e efectivo com a plasticidade e a memória das coisas e do mundo. Com o Homem e os seus Fazeres…

Maria João Franco
Pintora
Directora redactora de Casamarela5b & ARTS (jornal on-line)
TERESA MENDONÇA
Maria Teresa Castro Soromenho Mendonça, nasceu em Ponta Delgada, S. Miguel, Açores, em 1948.Pintora autodidacta.Tendo mostrado desde sempre vivo interesse pelas Artes Plásticas,enveredou pela pintura, referenciando-se na obra de Hilário Teixeira Lopes, da qual sofre forte influência, desenvolvendo assim a sua investigação pictórica.Colaborou com Sílvia Chicó na realização de uma série de programas para a RTP ”Passeio pela Arte” produzido pela produtora Artemis para integração da Criança no universo das Artes.Desde 1996, tem vindo, a participar em dezenas de exposições no país e no estrangeiro, com incidência nos países lusófonos, nomeadamente no Brasil, Cabo Verde e Guiné Bissau, em colaboração com diversos Municípios, Embaixadas e Entidades, das quais se destacam a Sociedade da Língua Portuguesa, o Centro Cultural da Embaixada de Portugal, na cidade da Praia em Cabo Verde, o Centro Cultural da Embaixada de Portugal na Guiné Bissau , na inauguração da Reitoria do Instituto Politécnico de Lisboa e em várias Câmaras Municipais do Continente e Ilhas .Em 2007, a convite da C.M.de Ponta Delgada expõe “esta cor de memórias feita” no Centro Cultural de Ponta Delgada em colaboração com o MAC-Movimento Arte Contemporânea.Expôs em 2009 na Galeria Pepper's - Caldas da Rainha e na ARC galeria, em Faro.Participa em 2010 na IV Bienal de Poesia de Silves como artista pástica convidada.Representada em diversas colecções nacionais e estrangeiras, viu , uma vez mais o seu mérito reconhecido com a atribuição do Prémio MAC - Revelação 2007 Pintura (troféu executado pelo prof. esc. João Duarte ) pelo conjunto de obras apresentadas por aquela galeria ao longo do ano de 2007.Vive e trabalha na Herdade da Aroeira.

comissário: Álvaro Lobato de Faria - Director Coordenador do MAC - Movimento Arte Contemporânea

MJF

Wednesday, September 8, 2010

Fotógrafo de Arte


Danilo Guimarães
Fotógrafo de Arte
+351 91 947 49 28
mop38707@mail.telepac.pt

Macau, ENCONTRO DE CULTURAS

"Macau_uma revisitação sentimental"
conferência
Dr. Guilherme Velente
16 de setembro
18h30
Edifício do Banco de Portugal
Leiria
por email

Monday, September 6, 2010

FÉNIX ARTE E FUNDIÇÃO

Bronze, Lost wax, Investment Casting Process -


José Macedo, Foundry & Sculpture Studio in Setúbal, Portugal.



José Macedo
Escultor




JOSÉ MACEDO
ESCULTOR SETÚBAL
Licenciado em Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa
Mestre em História da Arte, pela Universidade Lusíada de Lisboa





TODA A OBRA DE ARTE É FEITA PARA SE COMPLETAR NO SILÊNCIO, NÃO SERVINDO DE PRETEXTO A DISCURSOS QUE MUITAS VEZES, LONGE DE A ESCLARECER, A OFUSCAM.

A BELEZA SEMPRE ESCAPA ÀS PALAVRAS, TODAS AS QUE TEIMOSAMENTE A QUEREM ENVOLVER, SENÃO SUBSTITUIR.


contactos: ojosemacedo@gmail.com


MJF

Thursday, September 2, 2010

Teresa Mendonça _ "Histórias de Outras Dimensões"


curadoria de Álvaro Lobato de Faria

director coordenador do MAC-Movimento Arte Contemporânea

em parceria com as Oficinas de Formação de Animação Cultural
da C.M. de Aljustrel


  • Quem olha as áreas perdidas dos espaços esquecidos, no, figurar das formas e das cores, nos equilíbrios procurados, nas ondas de luz estruturadas entre limites configurados, na experiência lúdica de encontros furtivos entre complementares que se escoam em pinceladas firmes até atingir o fim de si próprias, encontra a pintura de Teresa Mendonça.
    Pintora de memórias estruturadas entre atlânticas visualizações paisagísticas e o reticulado urbanos das grandes metrópoles, o intimismo antigo dos espaços musicados onde as melodias se escoam e ecoam em telas de tons surdos onde uma ou outra estridência nos apela para o mundo onde a luz se encontra…

    Pintora de memórias estruturadas apela entre atlânticas visualizações paisagísticas e o reticulado urbanos das grandes metrópoles.
    Em algumas telas encontramo-nos perante o intimismo dos antigos espaços musicados onde as melodias se escoam e ecoam em planos de tons surdos onde uma ou outra estridência nos chama para o mundo onde a luz se encontra, ou encontramo-nos ainda nas sombras de uma casa, onde o fazer é o passar dos dias na nostalgia precisa de uma infância longínqua

    Noutras telas, e, num jogo plástico em que a forma é imposta pela incidência da cor, estaríamos perante a pintura de um eventual ”fauve”, ou, ainda de um suposto “orfista”.
    Não há um cinetismo na presença da cor. Há, sim, uma procura de equilíbrio dinâmico e estruturado através de formas intercincundantes, até que o “movimento” se pára por si, em vectores propostos entre a tela e o espectador.
    Não há distanciamento na forma, não há distanciamento na cor. Nem “crises de repetitividade”.
    O ”ser total” surge do afecto inter cromático que se nos impõe como objecto procurado na sua intencionalidade de fazer parte do nosso universo de prazeres visuais, que encontraríamos fortuitamente num campo aberto de papoilas ou num mar suposto de Iemanjá.
    Estamos, assim, perante uma pintura que advém de um contacto permanente, afectivo e efectivo com a plasticidade e a memória das coisas e do mundo. Com o Homem e os seus Fazeres…

    Lisboa, 2008
    Maria João Franco
    Pintora

    Directora redactora de Casamarela5b & ARTS (jornal on-line)

    in www.movartecontemporanea.blogspt.com

    TERESA MENDONÇA
    Maria Teresa Castro Soromenho Mendonça, nasceu em Ponta Delgada, S. Miguel, Açores, em 1948.Pintora autodidacta.Tendo mostrado desde sempre vivo interesse pelas Artes Plásticas,enveredou pela pintura, referenciando-se na obra de Hilário Teixeira Lopes, da qual sofre forte influência, desenvolvendo assim a sua investigação pictórica.

    Colaborou com Sílvia Chicó na realização de uma série de programas para a RTP ”Passeio pela Arte” produzido pela produtora Artemis para integração da Criança no universo das Artes.
    Desde 1996, tem vindo, a participar em dezenas de exposições no país e no estrangeiro, com incidência nos países lusófonos, nomeadamente no Brasil, Cabo Verde e Guiné Bissau, em colaboração com diversos Municípios, Embaixadas e Entidades, das quais se destacam a Sociedade da Língua Portuguesa, o Centro Cultural da Embaixada de Portugal, na cidade da Praia em Cabo Verde, o Centro Cultural da Embaixada de Portugal na Guiné Bissau , na inauguração da Reitoria do Instituto Politécnico de Lisboa e em várias Câmaras Municipais do Continente e Ilhas .

    Em 2007, a convite da C.M.de Ponta Delgada expõe “esta cor de memórias feita” no Centro Cultural de Ponta Delgada em colaboração com o MAC-Movimento Arte Contemporânea.

    Expôs em 2009 na Galeria Pepper's - Caldas da Rainha e na ARC galeria, em Faro.
    Participa em 2010 na IV Bienal de Poesia de Silves como artista pástica convidada.
    Representada em diversas colecções nacionais e estrangeiras, viu , uma vez mais o seu mérito reconhecido com a atribuição do Prémio MAC - Revelação 2007 Pintura (troféu executado pelo prof. esc. João Duarte ) pelo conjunto de obras apresentadas por aquela galeria ao longo do ano de 2007.
    Vive e trabalha na Herdade da Aroeira.

Pintura de Teresa Mendonça por Margarida Neves Pereira in Açoreano Oriental

A Arte é sempre a penetração da nova realidade, a retirada das cortinas do mundo visual e a reflexão do espaço misterioso. Não há Arte sem mistério.
Mas Teresa Mendonça não está de forma alguma ocupada com um estudo da natureza e muito menos tenta dar uma impressão óptica de uma paisagem concreta.
“Absorver-me no espaço natural” diz a artista, “ajuda-me a encontrar um espaço metafísico e alternativo”.
Ao fazer isto, o olhar sensível da artista escolhe de entre a vasta multiplicidade de linha e cores existentes, unicamente aqueles motivos orientadores que a atraem pela sua novidade e lhe suscitam vagas e excitantes associações.
A cor densa da têmpera, enquanto material que veicula a cor, parece emanar, algures de dentro, abrindo caminho através da superfície abstracta da tela branca e exigindo uma estética das relações cromáticas completamente diferentes, provocando na artista, audaciosas improvisações e fortes impulsos no seu trabalho de concentração, frente ao cavalete no seu atelier, fazendo-a elaborar obras autónomas de grande expressividade e forte intensidade criadora.
O mundo da cor vai assim ganhando forma, coincidindo com o
universo artístico de Teresa Mendonça. Nele as formas do micro e do macro-mundo flúem incessantemente em conjunto e coexistem com os elementos de diferentes dimensões, volumes e planos, nas mais diversas configurações.
Uma tal composição capta inevitavelmente uma parte acidental do infinito.
De um modo semelhante a uma membrana celular, os seus trabalhos permitem-lhe levar a cabo, uma espécie de troca energética com o mundo externo.
Todas as obras deste seu ciclo, são variações do mesmo motivo paisagístico.
O cenário de tal tarefa está ligado a uma tentativa de encontrar todas as soluções possíveis para pintar uma única ideia textual através do enriquecimento da gama de associações com ecos do passado e do presente.
Nestes seus quadros o elemento de abstracção é claramente intensificado.
Teresa Mendonça, alcança os mais variados e inesperados efeitos utilizando um arsenal de meios pictóricos.
Por vezes a artista domina a massa de cores; outras vezes, é ela quem se submete à sua fúria tempestuosa.
A multiplicidade dos modos como Teresa Mendonça concebe os seus quadros, oferece-nos o testemunho da luta da artista com a tela.
Uma reincarnação mágica, parece ter lugar mesmo perante os olhos dos espectadores.
É desta capacidade de sofrer fantásticas transformações, que a massa de cores está dotada, na sua subordinação à vontade duma criadora que se chama Teresa Mendonça e cujas obras são particularmente atraentes e inimitáveis.

MJF

Wednesday, September 1, 2010

Sobre "à tua procura sim" pintura de Maria João Franco

OLHARES
Rocha de Sousa


Maria João Franco
CORPO TANGÍVEL


A certa altura da vida, Maria João Franco sentiu o seu corpo partido em dois, entre um silêncio frio e um fact0 lancinante. Metade de si soçobrava com a morte de alguém. E a outra metade, ardente e tangível, teve de abraçar toda a vida já vivida, além da que estaria para se acercar de si, a cobrar-lhe as contas do presente e do futuro. O sonho de então foi simultaneamente tumular e sangrento, sobretudo através de uma pintura que tinha de ser feita, assim, segundo o protesto surdo do medo, na solidão e na intransigência das imagens. É por isso que ela parece ter fixado um estilo, um imparável modo de formar.
Maria João vive, digamos assim, uma ancoragem inabalável à memória do corpo que ainda lhe resta e que representa, afinal, dos ângulos mais difíceis, na vertigem mais insuportável, assumindo todas as diferenças e todas as semelhanças com a matéria orgânica, os metais brutos, a pedra cinzelada de forma a sugerir diversos pontos de decomposição e restos ainda lisos da pele. Pele por vezes amaciando músculos aquém das mutilações pressentidas ou mesmo expostas.
Esta prioridade conferida ao discurso matérico, de alguma violência, tem de se compreender a montante e na hora em que a escolha está contida num espaço restrito, no estreitamento da dor. Fazendo da sua metade anímica um projecto de vida, um modo de se exprimir pela totalidade, Maria João abriu à força das mãos um caminho ao mesmo tempo preciso mas quase insustentável nas insistentes dilacerações. O corpo era assunto e era tema, minuto dos instante tangíveis em que tudo se duplicava pelas entregas, um abraço de desejo, de partilha, exposto como nudez escultórica, bronze ou pedra, tudo vertido para a palpitação textural da pintura — medida, tempo, angústia. Os meios de instauração plástica traduziam, assim, uma ampla oratória dos gestos, grafias insondáveis, recortes perceptíveis, o habitual e antigo desafio da expressão aos limites da percepção. Mas o sofrimento e a grandeza destacam-se da massa, presos no campo como os contrastes da forma fingidamente inacabada dos «Escravos», de Miguel Ângelo.

Os nomes intensos e humanos
Maria João Franco não tem sido eleita entre os eleitos, apesar da sua obra juntar tradições modernas com nomes intensos, com valores de um profundo sentido do humano. Hoje voltam a ser louvadas as «histórias», em contradição com a anterior exigência incontrolável da forma abstracta: porque os restos figurativos da perplexidade e da revolta já só tinham lugar museológico e nenhum futuro à vista. Quem retratava ou representava, fazia bonecos, circunscrevia-se ao pior da tradição, pequeno discurso de narrativas ilustradas. Mas as ideologias da estética totalitária mão tinham verdadeiro cabimento no domínio das disciplinas de índole artística, porque, como já tenho sublinhado, a arte não se realiza sob o império dos dogmas nem se encerra num só tamanho da verdade na variedade. Todos os modos de dar força expressiva à comunicação pelas imagens, por exemplo, são processos de um fazer entregue ao imaginário, tornando os sonhos coláveis ao real para o «tornar visível». E as artes mais se abriram à inovação, a matérias e formas surpreendentes, inundando o espaço social de uma grande harmonia de discursos não coincidentes. Isso dá nome à civilização que entretanto se globaliza e aceita fazer-se sobre o fio da navalha.
Na sua consolidação tremendista, a pintura de Maria João Franco pratica uma certa convocação rochosa do corpo humano — ou do corpo simplesmente. Dois caminhos têm
confluido para isso, a dor da perda e graves impressões do exterior, encontro que sempre acabou por devolver às mãos da pintora fragmentos amassados na devida maturação, corpos recuperados sob o impulso da vontade poética, entre a morte e a vida. Corpos míticos, também, sonho transitado de alguma Renascença, memória problematizada dos clássicos e dos avanços expressionistas que se expandiram pelo século XX todo. O que se traduz em testemunho, em grito, em dilaceração, com a manipulação do gesto e das matérias (líquidas ou substanciais) por forma a ocupar o campo de presenças ao mesmo tempo carnais e de pedra. Fusão de metais igualmente, embora a verdade técnica se determine sobretudo no domínio da pasta acumulada sobre esboços gráficos ou já pulsantes e líquidos.

um trajecto de coerência e força
A forma plástica em Maria João Franco assenta, além de tudo, numa sedentarização positiva, de núcleo tormentoso, e desenha no espaço um trajecto de coerência, de proximidade significante entre as peças, o que determina grande continuidade das várias presenças, uma inusitada força nas massas pictóricas, de cor surda, onde por vezes um fio de sangue aflora, ou até na pele falsamente envelhecida sob a sua intocável frescura. De perto, visível a maior distância, nítido ou desfocado, quase metalizado, aparentemente escultórico, o corpo (assunto-tema) lembrado e representado por Maria João Franco é fruto de uma importante conquista em termos de discurso, na obstinação, na recuperação da imagem e da ideia — a liberdade do fazer, em suma, num aparente paradoxo que liga e desliga a memória dorida do corpo partido em dois e a necessidade de sublimar a brutalidade obscena dessa injustiça. Porque a liberdade de que a autora dá importantes provas, da metodologia escolhida aos materiais de instauração plástica, não significa que ela esteja isenta de pensar o modo de formar, quais as razões da força ao petrificar-se, ao escorrer como tinta de facto, que objectivos aí se envolvem, que limites e regras assistem à própria amputação anatómica. Na verdade, Maria João sabe perfeitamente em que condicções está a agir e o que lhe sobra de talento depois dos cortes de acerto, das pessoas que premeia: ela cria processos de catarse para si mesma, sabendo, entretanto, que está processando um legado a alguém, com a marca de que as obras, no futuro, terão de conter um inalienável testemunho de vida.


Arquivo de Vila Real de Santo António, Torreão Sul, exposição,
de 26 de Agosto a 25 de Setembro
Horário:9h.30h às 21h (Agosto)
Setembro e Outubro: 9h30 às 16h3o (intervalo para almoço)