quem somos

QUEM SOMOS







O Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.

Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintorNelsonDias, https://www.facebook.com/pages/Nelson-Dias/79280420846?ref=hl cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.


Direcção e coordenação: Maria João Franco.
https://www.facebook.com/mariajoaofranco.obra
contactos:
franco.mariajoao@gmail.com
+351 919276762


José Luis Tinoco



José Luís Tinoco







Nasceu em Leiria em 1932. Estudou Arquitectura no Porto e diplomou-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Iniciou a sua carreira muito cedo como arquitecto e teve vários projectos realizados nas décadas de 50, 60 e 70.


Ao mesmo tempo, participou na evolução da música jazz no nosso país como pianista do quarteto do Hot Club de Portugal e como compositor e autor de canções e música instrumentais para cinema, teatro e televisão. Tem vários discos editados.


Começou a expor pintura com regularidade na década de 80. À sua actividade de pintor, José Luís Tinoco tem associada a ilustração, cartoon e artes gráficas. Salientam-se, entre outros trabalhos, a intensa colaboração com os CTT, traduzida na criação de mais de duzentos selos postais. Dedicou-se igualmente ao design de mobiliário, cenários e figurinos para bailado e fez uma breve abordagem à foto-animação.






Filho da pianista, professora e directora da ProArte de Leiria, Maria Carlota Tinoco (1903-1980) e de Agostinho Gomes Tinoco (1896-1969), docente e reitor do Liceu de Rodrigues Lobo de Leiria, organizador das Horas de Arte [na década de 30], e director do Círculo de Cultura Musical e do Museu e Arquivo Distrital de Leiria.


Cresceu num ambiente em que a música e as artes visuais estiveram sempre presentes: os seus tios, Abílio de Mattos e Silva (1908-1985), pintor, cenógrafo e figurinista e Maria Isabel de Mattos e Silva (1918-2007) que foi bailarina e professora de ballet clássico. O irmão de J. L. Tinoco, João José Tinoco (1924-1983) foi arquitecto.


J.L. Tinoco é também pai do designer gráfico e ilustrador, João Tinoco e do compositor Luís Tinoco.


Arquitectura


Em 1948, com apenas quinze anos de idade, José Luís Tinoco ingressou no curso de Arquitectura da Escola Superior de Belas Artes do Porto. Antes de completar o curso, mudou-se para Lisboa, onde se diplomou (ESBAL).


Iniciou a sua carreira muito cedo projectando uma moradia no Restelo, em Lisboa, que mereceu uma nomeação para o Prémio Valmor. Seguiu-se um grande número de projectos realizados entre 1954 e meados dos anos 70.


Música


Avesso a qualquer aprendizagem musical, começou a tocar de ouvido ainda criança. Nos anos 40 tinha já um repertório baseado em temas de filmes musicais e nos boogies.


Em 1951, fez a sua estreia na rádio no Porto. Mais tarde, tocou com a Orquestra Académica de Coimbra e com o conjunto de Heinz Wörner.


Desde os primeiros tempos em Lisboa, foi presença assídua no Hot-Club, tocando piano e contrabaixo. Foi pianista do primeiro grupo a actuar regularmente com o saxofonista Jean-Pierre Gebler.


No início da década de 70, participou em alguns festivais RTP da canção, assinando a música e a letra de canções (como “No Teu Poema” ou “Os Lobos e Ninguém”), ou em parceria com os outros escritores. Em 1975, compôs e escreveu a letra da canção “Madrugada”, vencedora da edição do Festival e que representou Portugal no concurso da Eurovisão, em Estocolmo.


No ano seguinte, gravou o seu primeiro trabalho discográfico, Homo Sapiens - com o grupo Saga. Neste álbum, Tinoco compôs e instrumentou a totalidade dos temas, assinou alguns dos poemas e interpretou um conjunto de instrumentos (piano, sintetizador, órgão e guitarras).


José Luís Tinoco compôs também música instrumental para cinema, teatro, televisão e suporte de poesia declamada.


Pintura


Desde sempre seduzido pela representação da figura humana, a sua pintura passou do neo-realismo a uma figuração fragmentada que o conduziu à abstracção.


De uma prática espaçada (exercida nos intervalos da arquitectura e da música), Tinoco passou nos anos 80 a uma actividade continuada e, em 1986, realiza na Fundação Calouste Gulbenkian, uma exposição individual abarcando o período abstracto de 1982/85. Dentro da mesma via executa posteriormente uma série de telas denominadas “Passagens” e “Jardins”.


Nos anos 90 regressa à figuração numa abordagem crítica concretizada na série “Crucifixões” e “Descida da Cruz” – exibida em 1998 numa exposição antológica no Palácio das Galveias, Lisboa e na Galeria 57, Leiria. No mesmo ano, expõe no Palácio Nacional da Ajuda a série “Aproximações a seis tapeçarias”.


Numa exposição posterior, “Figurações 93/2003” (Galeria 57, 2003) permanece a temática da violência, alargada com a presença de personagens a que chamou performers – intérpretes. No mesmo ano realiza na Sociedade Nacional de Belas Artes e na Galeria 57 outra exposição individual em que, a esse elenco, acrescenta o tema “Exercícios sobre a solidão”.


O seu trabalho está representado em várias colecções públicas e privadas no país e o estrangeiro. Foi várias vezes premiado.






Exposições individuais:


Fundação Calouste Gulbenkian, 1986


Galeria São Bento, 1987


Sociedade Nacional de Belas Artes, 1989


Galeria Triângulo 48, 1989


Galeria da Praça, Porto, 1989


Sociedade Nacional de Belas Artes, 1990


Gal. Carvalho Araújo, Lisboa, 1990


Gal. Belo-Belo, Braga, 1992


Casa de Cultura de Fafe, 1992


Gal. De Arte Roca, Marinha Grande, 1993


Gal. Belo-Belo, Braga, 1997


Palácio Galveias, 1998


Galeria 57, Leiria, 1998


Palácio Nacional da Ajuda, 1999


Soc. Nac. Belas Artes, 2003


Galeria 57, Leiria, 2003


Edifício Banco de Portugal, Leiria, 2004


Galeria 57. Leiria, 2005


Galeria LM, Sintra, 2006


Galeria 57. Leiria, 2007


Galeria LM, Sintra, 2008


Consulado do Portugal em Macau, 2008


Galeria 57. Leiria, 2009


Galeria LM, Sintra, 2011


Exposições colectivas:


O Jazz e os Artistas Contemporâneos – Gal. Pórtico, 1956


Poesia Ilustrada – Fac. de Letras de Lisboa, 1957 (1º Prémio)


Colagem e Montagem – Soc. Nac. de Belas Artes, 1975


Papel Como Suporte de Expressão Plástica – Soc. Nac. de Belas Artes, 1978


Arte Moderna – Soc. Nac. de Belas Artes, 1978


Arte Portuguesa Hoje – Soc. Nac. de Belas Artes, 1980


10º Ano do 25 de Abril – Soc. Nac. de Belas Artes, 1984


Homenagem dos Artistas Portugueses a Almada Negreiros – Gal. Almada Negreiros, 1984


Colagem, Tapeçaria, Gravura e Objectos - – Soc. Nac. de Belas Artes, 1985


III Exposição de Artes Plásticas – Fundação Calouste Gulbenkian, 1986


Arquitectos Artistas – Gal. Casino do Estoril, 1986


Paisagem Revisitada – II Bienal dos Açores, 1987


Exp. de Homenagem a Luís Dourdil – Gal. Casino do Estoril, 1990


Salão de Outono – Gal. Casino do Estoril, 1990


Exponor – Matosinhos, 1990


Bienal de Óbidos – Óbidos, 1991


Pintores de Lisboa – Gal. Belo-Belo, 1996


Obras Sobre Papel – Soc. Nac. de Belas Artes, 1997


Bienal de Leiria – Leiria, 1997


Figurações (em grupo com N.S.Payo, J.Paulo e S.Bárbara) – Soc. Nac. de Belas Artes, 1997


100 Anos 100 Artistas – Soc. Nac. de Belas Artes, 2001


O Jazz e os Artistas Contemporâneos – 50 anos depois, Galeria LM, Sintra, 2006


Depoimentos de Nuno San-Payo e Sílvia Chicó:


Sobretudo arquitecto, sobretudo compositor musical, sobretudo pintor, José Luís Tinoco é (sobretudo) um artista (...) lançando-se audaciosamente num espaço sem princípio nem fim, onde a razão cede ao improviso arrebatador, onde a prudência dá lugar à aventura e a certeza do êxito ao risco do desaire.


Nuno San-Payo, pintor – catálogo Acervo
Câmara Municipal de Leiria Galeria Municipal – Centro Cultural de Sant’Ana 2003/2004


Se algo pode caracterizar a actual pintura de José Luís Tinoco, se algo serve para definir este particular momento de criação, esse algo é sem dúvida um enorme sentido de libertação que a sua pintura transmite.


Obra de extrema sensibilidade cromática em que os mundos de Bonnard e de Klimt por vezes nos surgem, acontece agora na pintura de Tinoco um outro momento: o de passagem a um espaço maior e menos conotado com o paisagismo abstracto, em que uma estrutura, ainda que apenas levemente insinuada, sugeria linhas de terra e linhas do horizonte, deixando para segundas leituras os valores cromáticos que eram complementarmente tão significativos como essa sugestão de espaços reconhecíveis.


Sílvia Chicó, critica de arte – catálogo Acervo
Câmara Municipal de Leiria – Galeria Municipal – Centro Cultural de Sant’Ana 2003/2004